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Sintomas de demência em idosos: Como detetar?

Como reconhecer os sintomas de demência nos idosos

Quando o assunto é a demência, o estigma, perceções erradas e o medo abundam.

Muitas pessoas pensam que a demência é inevitável com o avançar da idade e todos os idosos irão ter a doença, bem como a demência como um único tipo de doença, mas há um grande número de doenças que causam demência.

É importante saber distinguir entre uma ligeira demência cognitiva e a doença de Alzheimer, por exemplo, que é progressiva e mais grave.

Um grande número de pessoas consegue chegar aos 80 ou 90 anos com um estado cognitivo normal e cerca de 30% das pessoas com mais de 85 anos acabam por desenvolver demência relacionada com a doença de Alzheimer.

Tal como nem todo o esquecimento é indício de demência, nem toda a demência é um sinal da doença de Alzheimer. Mas, cerca de 60 a 80% dos casos de demência estão relacionados com Alzheimer.

O resto dos casos envolve outras formas, incluindo a demência vascular, provocada por acidentes vasculares cerebrais múltiplos, demência do lobo frontotemporal, que pode causar desinibição, bem como o declínio cognitivo em pessoas com menos de 40 anos, e demência com corpos de Lewy.

O que é a demência e quais os sintomas?

Nem sempre é fácil distinguir que tipo de demência afeta os idosos, mas é possível identificar alguns sintomas que caraterizam a doença.

O termo demência refere-se geralmente a perturbações cerebrais que impedem o pensamento claro e funcional.

É caraterizada por um declínio crónico que afeta uma ou várias capacidades como a linguagem, consciência espacial, funcionamento cognitivo alterado que acaba por afetar a vida quotidiana das pessoas.

Por vezes, as pessoas não reconhecem que estes sintomas indicam que algo está errado. Podem assumir que este comportamento é uma parte normal do processo de envelhecimento.

Os sintomas podem também desenvolver-se gradualmente e passar despercebidos durante muito tempo. Por outro lado, algumas pessoas podem entrar em negação, mesmo quando sabem que algo está errado e não procuram ajuda médica.

Surpreendentemente, alguns pacientes com sintomas de demência podem não ter a doença.

Os sintomas podem estar relacionados com uma condição tratável, como uma doença da tiroide, nos casos em que o sangue se acumula fora do cérebro, geralmente causado por trauma, um problema no metabolismo, consumo de álcool, problemas hormonais, cancro ou consumo de drogas.

Os sintomas iniciais mais comuns de demência incluem:

  • Problemas de memória, particularmente a memória de eventos recentes
  • Confusão crescente
  • Concentração reduzida
  • Mudanças de personalidade ou de comportamento
  • Apatia ou depressão
  • Perda da capacidade para realizar tarefas quotidianas

Como detetar a demência?

Existem alguns sinais que podem ser detetados e que indicam a necessidade de procurar uma avaliação médica.

Perda de memória

É normal esquecer ocasionalmente os compromissos e lembrá-los mais tarde. Esses tipos de perdas de memória mínimas são bastante comuns em qualquer pessoa que leva uma vida ocupada. Uma pessoa com demência pode esquecer-se das coisas mais vezes ou não se lembrar delas de todo.

Dificuldade com tarefas

As pessoas podem distrair-se e podem esquecer-se de servir parte de uma refeição. Uma pessoa com demência pode ter problemas com todas as etapas envolvidas na preparação de uma refeição.

Desorientação

Uma pessoa com demência pode ter dificuldade em encontrar o seu caminho para um lugar familiar ou sentir-se confusa sobre onde se encontra, ou pensar que está de volta a um tempo passado na sua vida.

Problemas linguísticos

Todos temos, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa, mas uma pessoa com demência pode esquecer palavras simples ou substituir palavras inadequadas, tornando as frases difíceis de compreender. Podem também ter dificuldade em compreender os outros.

Mudanças no pensamento abstrato

A gestão financeira pode ser difícil para qualquer pessoa, mas uma pessoa com demência pode ter dificuldade em saber o que significam os números ou o que fazer com eles.

Capacidade de julgamento

Muitas atividades requerem bom julgamento e sentido crítico. Quando esta capacidade é afetada pela demência, a pessoa pode ter dificuldade em tomar decisões apropriadas, tais como o que vestir quando está frio.

Capacidades espaciais

Uma pessoa com demência pode ter dificuldade em julgar a distância ou a direção ao conduzir um carro.

Colocação de objetos

Qualquer pessoa pode perder temporariamente uma carteira ou chaves. Uma pessoa com demência pode não saber para que servem as chaves.

Alterações de humor, personalidade ou comportamento

Todos nós ficamos, de tempos a tempos, tristes ou mal-humorados. Alguém com demência pode ter rápidas mudanças de humor, sem razão aparente. Podem tornar-se confusos, desconfiados ou retraídos. Alguns podem tornar-se desinibidos, mais extrovertidos ou até mesmo violentos.

Perda de iniciativa

É normal as pessoas cansarem-se de algumas atividades de vez em quando. A demência pode fazer com que uma pessoa perca o interesse em atividades que anteriormente davam prazer.

Diagnóstico da demência

O primeiro passo para obter o diagnóstico é fazer um exame cognitivo por um médico.

Por vezes os idosos têm competências sociais tão boas que conseguem disfarçar as dificuldades que sentem, o médico irá fazer perguntas e fazer uma avaliação para medir o estado cognitivo da pessoa.

Uma avaliação médica completa pode identificar uma condição tratável e garantir que é tratada corretamente, ou pode confirmar a presença de demência e se é concretamente a doença de Alzheimer ou outra.

Estes são alguns dos passos que o médico irá percorrer para chegar ao diagnóstico:

Historial médico

O médico irá perguntar sobre problemas médicos passados e atuais, história médica familiar, quaisquer medicamentos que estejam a ser tomados e os problemas com a memória, pensamento ou comportamento que estão a causar preocupação.

O médico pode também desejar falar com um membro próximo da família que possa ajudar a fornecer todas as informações necessárias.

Exame físico

Para ajudar a excluir outras condições, um exame físico pode incluir testes aos sentidos, ao movimento, ao coração e às funções pulmonares.

Testes laboratoriais

Estes incluirão uma variedade de análises de sangue e urina para identificar qualquer possível doença que possa ser responsável pelos sintomas. Em alguns casos, uma pequena amostra de líquido da espinal medula pode ser colhida para testes.

Testes cognitivos

São utilizados vários testes para avaliar as capacidades de raciocínio, incluindo memória, linguagem, atenção e resolução de problemas. Isto pode ajudar a identificar áreas problemáticas específicas, o que por sua vez ajuda a identificar a causa subjacente ou o tipo de demência.

Exames de imagem do cérebro

Existem alguns exames que observam a estrutura do cérebro e são utilizados para excluir tumores cerebrais ou coágulos sanguíneos no cérebro como causa dos sintomas.

Estes exames podem também detetar padrões de perda de tecido cerebral que podem ajudar a diferenciar entre os diferentes tipos de demência.

Outros tipos de exames examinam o quão ativas são certas partes do cérebro e podem também ajudar a determinar o tipo de demência.

Avaliação psiquiátrica

A avaliação psiquiátrica ajuda a identificar perturbações que podem ser tratadas como a depressão, e a gerir quaisquer sintomas psiquiátricos, tais como a ansiedade ou delírios que possam ocorrer juntamente com a demência.

Conclusão

Os primeiros sinais de demência são muito subtis e vagos e podem não ser imediatamente óbvios.

Algumas pessoas podem ser resistentes à ideia de visitar um médico. Nalguns casos, as pessoas não se apercebem, ou então negam, que há algo de errado com elas.

Isto pode ser devido às alterações cerebrais da demência que interferem com a capacidade de reconhecer ou perceber as alterações que ocorrem. Outros têm uma perceção das alterações, mas podem ter medo de ter os seus receios confirmados.

Uma das formas mais eficazes de ultrapassar este problema é encontrar uma outra razão para uma visita ao médico. Talvez sugerir um controle de um sintoma que a pessoa está disposta a reconhecer, como a tensão arterial, ou sugerir uma revisão de uma condição ou medicação a longo prazo.

Muitas coisas podem desencadear problemas cognitivos num idoso, incluindo depressão, certos medicamentos, ou outras doenças.

De acordo com alguns estudos, uma percentagem de doentes com demência têm, na realidade, alguma outra doença que é reversível.

Para as pessoas com menos de 65 anos, cerca de 18% dos casos com sintomas de demência envolvem causas reversíveis. É por isso que é importante consultar um médico para uma avaliação o mais cedo possível.

Alterações no estilo de vida, como fazer exercício adequado, fazer atividades mentalmente estimulantes, e evitar medicamentos que podem causar confusão, tais como alguns medicamentos para as alergias, também podem fazer uma grande diferença.

Embora não haja cura para a doença de Alzheimer, demência vascular, e muitos tipos de demência, há muito que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada.

Juntos Cuidamos melhor!

Referências:

  • Mayo Clinic
  • Better Health

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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