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A síndrome do coração partido

Sindrome do coração partido

Será que se pode morrer de um desgosto de amor? Será que um coração partido pode mesmo provocar um enfarte?

Nas últimas duas décadas a fibrilhação auricular, uma arritmia cardíaca com batimentos muito irregulares e rápidos, tornou-se num dos grandes problemas de saúde pública e um dos fatores que mais contribui para elevados gastos financeiros em saúde no mundo ocidental.

Os indivíduos com esta patologia apresentam 5 vezes mais probabilidade de desenvolver um AVC e 2 vezes mais probabilidade de morrerem.

Estima-se que em 2030 existirão entre 14 a 17 milhões de pacientes com fibrilhação auricular na Europa, com cerca de 120.000 a 215.000 novos casos em cada ano.

As causas da doença não estão ainda completamente estabelecidas e pensa-se que será resultado de um conjunto de fatores genéticos e ambientais.

Esta é uma patologia progressiva que normalmente começa de repente com pequenos episódios e vai progredindo para episódios mais persistentes que se tornam, ao fim de algum tempo, permanentes.

Pode levar vários anos a desenvolver-se e conhecem-se vários indutores, que podem ser tão diferentes como: outra doença, consumo de álcool, consumo de cafeína e stress emocional.

De acordo com um estudo realizado pela Universidade Aarhus na Dinamarca e publicado no jornal Open Heart, a morte de um parceiro está relacionado com o aumento de risco de desenvolvimento de fibrilação auricular até um ano depois do óbito.

O estudo examinou os registos hospitalares de 88,612 pessoas na Dinamarca, em que 19,72% tinham perdido o seu parceiro.

Foram ainda identificados doentes diagnosticados pela primeira vez com fibrilação auricular entre 1995 e 2014. Foram também selecionados ao acaso 886,120 pessoas, em que 19,07% tinham perdido o parceiro, para servirem de comparação como grupo de controle.

Outros fatores relacionados com os participantes foram ainda tidos em consideração, como o estado civil, as habilitações literárias, a presença de outras doenças como a diabetes ou a doença cardiovascular e a toma de medicamentos.

Coração partido sindrome

Este estudo revelou que os indivíduos cujos parceiros coabitantes ou esposos tinham falecido, apresentavam um risco mais elevado de desenvolver fibrilhação auricular nos 30 dias a seguir ao óbito, com um risco 41% mais elevado que a média de outros pacientes.

O risco apresentou o nível mais elevado nos 8 a 14 dias depois do óbito, sendo neste caso 90% mais alto do que na população de risco em geral, voltando a níveis normais passado um ano.

O estudo mostrou também que o risco teve maior expressão nos participantes com menos de 60 anos e nos casos em que a morte foi inesperada. Nos casos em que a morte resultou de doença pronunciada, não houve aumento do risco de desenvolvimento de fibrilhação auricular nos participantes.

Embora seja um estudo com uma grande amostra, não foi possível estabelecer uma relação de causa e efeito, podendo existir outros fatores, como o estilo de vida ou a história familiar, que também podem ter impacto no desenvolvimento da doença.

Apesar de tudo há algumas evidências científicas que apontam para o facto de situações de grande stress levarem a problemas cardíacos.

A cardiomiopatia induzida por stress, designada por síndrome de Takotsubo é precipitada sobretudo por stress emocional. Foi reconhecida como uma condição médica e começa geralmente de forma abrupta e imprevisível mesmo em indivíduos saudáveis.

Os sintomas incluem dores no peito, falta de ar e eletrocardiograma anormal, parecendo muito similar a um ataque cardíaco, embora não haja presença de artérias bloqueadas.

A síndrome de Takotsubo é responsável por cerca de 2 a 5% dos ataques cardíacos, prevalecendo em mulheres acima dos 50 anos e afetando apenas 10% dos homens. Pode ser despoletada por stress emocional ou físico, luto, grandes cirurgias ou catástrofes como terramotos ou tempestades.

Não são conhecidos os mecanismos específicos que levam ao desenvolvimento da patologia, mas alguns indícios apontam para a libertação excessiva no organismo das hormonas do stress como a adrenalina, que podem levar ao enfraquecimento do músculo cardíaco.

O stress emocional não tem que ser negativo, eventos felizes como o nascimento de um neto podem levar também ao desenvolvimento desta doença.

As suas causas não são claras e os seus efeitos podem também ser temporários e reversíveis, mas uma certeza é evidente: um coração saudável é garantia de uma vida mais salutar.

Descubra informação mais detalhada sobre o que são e como prevenir as doenças cardíacas.

Referências:

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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