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Traumatismo Craniano Encefálico: o que é, sintomas e tratamento?

Traumatismo craniano encefálico adulto

O traumatismo craniano encefálico é uma perturbação grave que atinge o cérebro e resulta de um choque ou de um impacto forte no crânio, provocando feridas ou lesões cerebrais.

Em Portugal, os jovens do sexo masculino são os mais afetados devido a acidentes de viação envolvendo carros ou motociclos. Na faixa etária acima dos 65 anos a causa mais comum são as quedas.

A mortalidade associada ao traumatismo craniano encefálico tem vindo a diminuir ao longo do tempo, como resultado das campanhas de prevenção de acidentes rodoviários em conjunto com o sistema de emergência médica e do desenvolvimento de guidelines para avaliação e tratamento dos acidentados afetados por traumatismo craniano encefálico.

Nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão e meio de pessoas sofre um traumatismo craniano encefálico por ano, resultando em 50 000 mortes, 235 000 hospitalizados e cerca de 1 milhão que consegue recuperar. Sendo as causas principais, responsáveis por estes números, as quedas e os acidentes automobilísticos.

Fique a saber como prevenir esta patologia e qual o tratamento mais adequado para uma recuperação completa, neste artigo que elaborámos para si.

O que é o Traumatismo Craniano Encefálico?

O que é traumatismo craniano

O traumatismo craniano é uma lesão no crânio provocada por um fator externo como uma pancada ou outro tipo de trauma, como uma queda, ser atingido por um objeto a grande velocidade, acidentes de automóvel ou a prática de desporto. 

Esta lesão pode atingir o cérebro e provocar sangramento ou a formação de coágulos cerebrais.

Pode causar disfunção cerebral transitória ou permanente e pode concentrar-se só numa zona ou atingir uma grande parte do crânio.

Quais os Tipos ?

Existem 3 tipos gerais de traumatismo craniano que são classificados de acordo com a intensidade do impacto, a gravidade das lesões e os sintomas.   

Traumatismo Craniano Leve: acontece mais frequentemente e tem uma recuperação mais rápida, já que as lesões são menores. Geralmente o acidentado fica no hospital durante algumas horas em observação para despistar qualquer efeito mais grave, sendo depois acompanhado enquanto recupera em casa.   

Traumatismo Craniano Moderado:  Ocorre quando a lesão do impacto atinge uma área maior o que acarreta a possibilidade da existência de complicações e tem que ser monitorizado. Neste caso, o acidentado fica internado no hospital onde é feito o tratamento.

Traumatismo Craniano Grave: nesta situação as lesões são muito difusas e pode ocorrer sangramento intenso. O acidentado fica internado no hospital na unidade de cuidados intensivos.

O traumatismo craniano encefálico ocorre quando o impacto causa ferimentos no cérebro, que em alguns casos com maior gravidade pode causar um hematoma subdural, em que se forma uma bolsa de sangue entre o crânio e o cérebro, que pode causar uma pressão intracraniana e levar à morte cerebral.

Quais as causas do Traumatismo Craniano Encefálico?

Causas do traumatismo craniano

A causa primordial é a lesão provocada pelo impacto no crânio. Uma das causas mais frequentes para o surgimento destes impactos são os acidentes rodoviários e as quedas. Outras causas podem ser acidentes durante a prática de esqui ou mergulhos de cabeça em locais pouco seguros.

Qual é o tratamento para o Traumatismo Craniano Encefálico?

O tratamento deve ser aplicado o quanto antes para maximizar as hipóteses de recuperação e de evitar complicações ou sequelas como dificuldade para andar, ver ou falar.

O tratamento em si vai sempre depender da gravidade e extensão das lesões cerebrais e poderá ser necessário outro tipo de acompanhamento suplementar como a fisioterapia, ortopedista ou terapia ocupacional para que haja uma reabilitação mais completa e assim diminuir o efeito de possíveis complicações, aumentando a qualidade de vida do doente.

Nos dias e semanas imediatamente após o trauma, o tecido cerebral é afetado pelo impacto, pela possível hemorragia ou por mudanças na composição química do cérebro.

A acumulação do sangue ou formação de coágulos pode ocorrer e terão que ser removidos através de intervenção cirúrgica de forma a reduzir a pressão intracraniana.

O objetivo é controlar o inchaço, manter o sangue fluido e o equilíbrio do sistema químico, de forma a promover o desenvolvimento e manutenção das funções cerebrais.

Quando se trata de um traumatismo leve, o tratamento pode ser apenas o uso de fármacos para a dor, aplicação de curativos caso necessário e acompanhamento médico vigilante para despiste de uma evolução mais gravosa no hospital durante pelo menos 12 horas, e depois em casa.

Nos casos graves, em situações onde ocorrem fraturas ou lesões cerebrais graves poderá ser feita a cirurgia para reduzir a pressão dentro do crânio, o que implica o internamento nos cuidados intensivos, e a recuperação pode demorar algum tempo.

Em algumas situações mais graves pode ser necessária a indução do coma para que o cérebro possa diminuir a sua atividade e assim potenciar a recuperação. Nesta situação o doente é assistido por aparelhos e por medicamentos intravenosos.

Quais os sintomas do Traumatismo Craniano Encefálico?

Sintomas do traumatismo craniano

Os sintomas do traumatismo variam conforme a gravidade e intensidade do trauma que ocorreu. Estes podem surgir logo após o acidente ou alguns dias ou semanas depois.

Os sintomas mais comuns são forte dor de cabeça, perda de consciência, perda de memória, alterações de visão, sangramento nos ouvidos, rosto ou cabeça.

Outros sintomas que podem surgir:

  • Desmaio
  • Perda da visão
  • Confusão e agitação
  • Alterações na fala
  • Perda de equilíbrio
  • Vómitos
  • Saída de sangue ou líquido pelo nariz e ouvidos
  • Sonolência acentuada
  • Olhos roxos
  • Manchas roxas nas orelhas
  • Diferenças no tamanho das pupilas do acidentado
  • Perda de sensibilidade no corpo
  • Alterações do humor
  • Náuseas
  • Confusão mental
  • Tonturas
  • Convulsões
  • Perda de orientação temporal
  • Dificuldade de concentração
  • Fadiga
  • Alterações no sono
  • Sensibilidade acentuada à luz
  • Sensibilidade acentuada ao som ou barulho

Como é feito o diagnóstico?

Diagnóstico do traumatismo craniano encefálico

O diagnóstico é feito pelo médico neurologista que avalia as lesões e a extensão das áreas afetadas através de uma tomografia computadorizada ou de uma ressonância magnética.

A tomografia é realizada nos casos em que há sangramento ou fraturas. Nos casos mais leves é feita uma avaliação clínica e cognitiva pelo neurologista.

Quais as complicações?

O traumatismo craniano encefálico pode ter complicações e sequelas muito sérias e severas. Além disso, as sequelas podem afetar as pessoas em várias dimensões: fisicamente, comportamentais ou psicológicas.

O trauma pode levar a alterações que podem surgir imediatamente a seguir ao incidente ou podem ocorrer algum tempo depois. Algumas sequelas implicam a perda de mobilidade e de movimentos em certas partes do corpo, alterações da visão, da fala e do controle da respiração.

As sequelas podem dividir-se em consequências físicas, cognitivas ou emocionais.

Sequelas físicas:

  • Dificuldades de movimento
  • Dificuldades de coordenação motora e de equilíbrio
  • Redução da força física
  • Dificuldades no controlo da respiração
  • Lentidão de movimentos corporais
  • Cansaço
  • Fadiga e falta de energia
  • Perda de sensibilidade ao tato, de visão ou olfato
  • Surgimento de epilepsia pós-traumática
  • Problemas urinários ou intestinais
  • Alterações no sono

Sequelas cognitivas:

  • Dificuldades na atenção e na concentração
  • Dificuldades de compreensão da linguagem e na comunicação
  • Alteração da perceção
  • Dificuldade em organizar e compreender informação sensorial
  • Perda de memória
  • Dificuldade para utilizar o raciocínio lógico e a resolução de problemas
  • Dificuldade para organizar e planear atividades

Sequelas emocionais:

  • Depressão
  • Alterações de humor
  • Irritabilidade
  • Ansiedade

Sequelas comportamentais:

  • Impulsividade
  • Agressividade
  • Apatia
  • Falta de iniciativa

O Traumatismo Craniano Encefálico tem cura?

Traumatismo craniano cura

O processo de recuperação de cada doente é um processo pessoal que varia de indivíduo para indivíduo, dependendo da gravidade e da extensão das lesões e apresentando ritmos diferentes em diferentes momentos, pode ser mais rápida nas primeiras semanas de tratamento para se tornar mais lenta algumas semanas mais tarde.

A recuperação estende-se por períodos de semanas, meses e pode chegar até a demorar anos.

Em alguns casos a recuperação pode não ser completamente conseguida. Algumas pessoas podem ficar com alterações ligeiras e outras podem ficar dependentes de apoio e cuidado especial até ao fim da vida.

No entanto, a recuperação da lesão cerebral não implica a substituição do tecido cerebral que foi destruído. Não é possível ao cérebro produzir novas células, mas o tecido cerebral que não foi lesionado tem a capacidade de aprender a desempenhar funções que eram desempenhadas pelas células que morreram, o que pode trazer ao doente uma maior resiliência para ajudar na recuperação.

Como podemos prevenir o Traumatismo Craniano Encefálico?

A melhor forma de prevenir a ocorrência de um traumatismo craniano encefálico é adotar práticas de segurança em todas as situações em que o risco é acrescido, como o uso do cinto de segurança em viagens de carro, a utilização de capacete ou proteção na cabeça durante a prática de desportos radicais ou mais intensos, ou ter preocupação em evitar choques físicos bruscos e fortes, como no futebol, esqui, boxe, ciclismo e outros.

Outra prática preventiva é evitar pavimentos molhados ou escorregadios para evitar quedas e utilizar calçado apropriado e antiderrapante, sobretudo para os idosos, já que as quedas são frequentes em idades mais avançadas.

Conclusão

Traumatismo craniano encefálico médico

O traumatismo craniano encefálico é um grave problema de saúde pública que embora podendo atingir diferentes camadas populacionais, afeta em grande parte a população idosa. 

Isto deve-se, sobretudo, à conjugação de vários fatores, entre eles, o aumento da esperança de vida e as caraterísticas específicas do envelhecimento, que implicam uma deterioração das capacidades cognitivas e funcionais do organismo, predispondo os idosos a um maior risco de acidentes e de quedas, que podem provocar o traumatismo.

Com possíveis sequelas que podem ter um impacto muito grande na funcionalidade e vivência do dia a dia do doente, o tratamento aplicado o mais rapidamente possível a seguir ao acidente que provocou a lesão, é crucial para evitar situações mais gravosas ou sequelas irreparáveis.

Neste sentido assume particular importância a adoção de medidas preventivas eficazes como a utilização de calçado adequado e antiderrapante, bem como ter particular atenção aos pavimentos molhados, escorregadios ou com declives acentuados.

A recuperação para uma reabilitação o mais completa possível compreende um conjunto de atividades de apoio proporcionadas por diferentes profissionais de saúde, como os fisiatras, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, para além do acompanhamento médico, que em conjunto podem ajudar à recuperação e a melhorar a qualidade de vida de quem sofreu um traumatismo craniano encefálico.

Nos centros Mais que Cuidar pode encontrar uma gama completa de produtos como cadeiras de rodas, e serviços  que dão uma ajuda importante no apoio e no conforto em casos de traumatismo craniano encefálico ou das suas sequelas, prestando cuidados de saúde ao domicilio (apoio domiciliário, fisioterapia, enfermagem) e produtos de apoio para comprar ou alugar.

Os nossos profissionais de saúde e mobilidade ajudarão a encontrar as melhores soluções para a sua situação clínica. Temos ao seu dispor uma linha de apoio de enfermagem 24h/dia 365 dias do ano.

Na Mais que Cuidar poderá contar também com o apoio do médico fisiatra através da consulta ao domicílio ou da teleconsulta.

Referências:

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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