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Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC): O que é, sintomas e tratamentos

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Tem a sensação de falta de ar, está com tosse, expectoração e fadiga e quer saber se são sintomas da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC)? Uma doença prevalente a nível mundial e nacional – estima-se que afeta 600.000 a 700.000 portugueses. Apesar de ser uma doença crónica prevenível e tratável, ainda é sub-diagnosticada e sub-tratada porque os sintomas são poucos específicos e só aparecem nas fases mais avançadas.

Embora a DPOC ocupe o 3.º lugar do ranking da mortalidade mundial, pode passar despercebida e evoluir para as fases mais graves sem que tenha sido diagnosticada.

Nas lojas Mais que Cuidar pode encontrar serviços na área dos cuidados de saúde domiciliários como o apoio domiciliário, a fisioterapia ao domicílio e o serviço de enfermagem ao domicilio 24h/dia que podem ser muito úteis para o doente com DPOC.

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Pode encontrar igualmente, produtos de apoio como camas articuladas elétricas, cadeiras de rodas, nebulizadores e concentradores de oxigénio que poderão dar um contributo importante na melhoria da mobilidade, conforto e na oxigenoterapia.

Descubra o que é a DPOC, quais os sintomas, causas e tratamentos. Confira quais os sintomas de DPOC fase terminal e a diferença entre DPOC e a asma neste guia completo gratuito que elaborámos para si.

DPOC o que é

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A doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) é uma doença respiratória comum, prevenível e tratável, que se caracteriza por uma limitação persistente do fluxo de ar nas vias aéreas. Trata-se de uma condição geralmente progressiva, que resulta de uma resposta inflamatória crónica aumentada do pulmão e das vias aéreas a partículas e gases nocivos.

A DPOC é uma das principais causas de morbilidade e mortalidade em todo o mundo e está associada a custos económicos e sociais significativos.

Não obstante existir um problema de subdiagnóstico, estima-se que a DPOC afete cerca de 6% da população adulta, estando o aumento do número de casos associado ao envelhecimento das populações e à exposição acumulada ao longo de décadas a fatores agressores, nomeadamente ao fumo do tabaco e aos poluentes ocupacionais, ambientais e domésticos.

A GOLD (Global Initiative for Chronic Obstrutive Lung Disease) determinou desde 2002 que a 3ª quarta-feria do mês de Novembro é dedicada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica com acções de divulgação e educação. Assinalar este dia revela-se importante na medida em que chama a atenção para uma doença que se prevê que seja a terceira principal causa de morte mundialmente, nos próximos dois anos.

Dados estatisticos da DPOC

Em Portugal:

  • Afecta até cerca de 15% da população acima dos 40 anos
  • A prevalência aumenta com a idade
  • Pode estar presente em cerca de metade dos homens (47,2%) acima dos 70 anos

No mundo:

  • 1990 era a 6ª causa de morte.
  • 2020 será a 3ª causa de morte.
  • A maior parte dos doentes com DPOC não sabem que sofrem desta doença.

Tipos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica

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A DPOC pode ter duas formas de apresentação: bronquite obstrutiva crónica e enfisema pulmonar. Na bronquite há sobretudo produção de muco (expetoração), enquanto no enfisema se verifica uma destruição gradual da parede dos alvéolos pulmonares.

Bronquite obstrutiva crónica

É provocada pela presença de inflamação nas vias aéreas que a longo prazo pode condicionar o aumento da espessura das paredes dos brônquios, juntamente com aumento da produção de secreções. A inflamação e a acumulação de secreções podem levar a uma diminuição do lúmen (o interior) dos brônquios, o que resulta na redução do ar que vai sendo expirado.

Ao fim de vários anos, este estado clínico inflamatório arrastado, pode levar ao desenvolvimento de uma lesão brônquica progressiva e irreversível.

Enfisema pulmonar

O enfisema (estrutura pulmonar danificada) ocorre nas áreas das trocas gasosas, chamadas alvéolos. Neste processo patológico as paredes dos alvéolos ficam menos elásticas e portanto torna-se mais difícil esvaziar o ar dos pulmões.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica Causas

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Tabagismo

O tabagismo constitui um dos mais importantes fatores de risco para a DPOC, que se confirma pelo fato de a prevalência da doença ser significativamente maior entre fumadores e ex-fumadores.

Contudo, nem todos os fumadores desenvolvem a doença, mesmo tendo a mesma carga tabágica, o que vem reforçar a ideia de que existe uma interação entre a genética do indivíduo e os fatores ambientais a que este está exposto na fisiopatologia da doença.

Fatores genéticos

Além do papel da genética no aumento da suscetibilidade aos fatores ambientais, em alguns casos, raros, existe um defeito hereditário de uma enzima (alfa-1-antitripsina) que regula a atividade de outra proteína envolvida na destruição das fibras de elastina (elastase) do parênquima pulmonar. Assim, quando ocorre um defeito de alfa-1-antitripsina, dá-se um aumento da destruição do tecido pulmonar que leva ao desenvolvimento da DPOC.

Desenvolvimento e crescimento pulmonar

Todos os fatores que possam interferir com o desenvolvimento pulmonar durante a gestação e infância, nomeadamente as infeções pulmonares em crianças muito pequenas, parecem aumentar o risco de DPOC.

Idade e género

A DPOC vai-se tornando mais frequente à medida que a população vai envelhecendo, devido à exposição acumulada ao longo da vida, e é mais comum nos homens.

Exposição inalatória a partículas e gases tóxicos

exposição inalatória gases tóxicos

A exposição a poluentes ocupacionais (ex: poeiras orgânicas e inorgânicas, agentes químicos, fumos), domésticos (ex: fumo de lareiras e fornos a lenha) e ambientais (ex: veículos, fábricas) também desempenham um papel importante, e nem sempre devidamente valorizado, no desenvolvimento da doença.

Fatores socio-económicos

A DPOC é uma doença mais frequente em pessoas de estratos socioeconómicos mais desfavorecidos.

Asma e hiper-reatividade brônquica

Existem estudos que apontam a asma como um fator de risco da DPOC, provavelmente por existir nesta doença uma hiper-reatividade brônquica que aumenta a resposta inflamatória aos fatores agressores.

Bronquite crónica

A produção excessiva de muco que se verifica em fumadores com bronquite crónica parece estar associada a um aumento do risco de DPOC.

Infeções pulmonares

As infeções pulmonares na infância e a tuberculose parecem aumentar a suscetibilidade do indivíduo e favorecer o desenvolvimento de DPOC, em particular quando associadas ao tabagismo. 

Complicações

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A DPOC pode causar muitas complicações. Mesmo com o tratamento contínuo, o doente com DPOC pode ter agravamento dos sintomas durante dias ou semanas – exacerbação aguda, que pode levar à insuficiência respiratória se não receber tratamento imediato.

Infeções respiratórias

Pessoas com DPOC são mais propensas a constipações, gripe e pneumonia. Qualquer infeção respiratória pode agravar a dificuldade respiratória e pode causar danos no tecido pulmonar. A vacinação anual contra a gripe e a vacinação contra a pneumonia pneumocócica podem prevenir algumas infeções.

Hipertensão Pulmonar

A DPOC pode causar hipertensão nas artérias que levam sangue aos pulmões.

Cancro do pulmão

Pessoas com DPOC têm mais risco de cancro de pulmão. Deixar de fumar pode reduzir esse risco.

Problemas cardíacos

Por razões que não são totalmente compreendidas, a DPOC pode aumentar o risco de doenças cardíacas, incluindo ataques cardíacos. Deixar de fumar pode reduzir este risco.

Depressão

A dificuldade respiratória pode limitar as atividades que o doente gosta. Lidar com doenças graves pode contribuir para o desenvolvimento da depressão.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica Sintomas

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Na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), os sintomas surgem lentamente e pioram de forma gradual e progressiva, sobretudo se o doente continuar a fumar. Estes são, muitas vezes, desvalorizados e aceites como uma consequência natural do tabagismo ou do envelhecimento, o que atrasa o diagnóstico e o início do tratamento. 

Os principais sintomas são:

  • Expetoração/escarro ou catarro (pode ser confundido com o “catarro do fumador”);
  • Pieira;
  • Dispneia dificuldade respiratória durante o esforço (por exemplo, ao subir escadas);
  • Limitação para a realização de tarefas diárias habituais (como vestir-se ou fazer a cama);
  • Limitação para o exercício físico;
  • Cansaço.
  • Infeções respiratórias;
  • Tórax em tambor;
  • Cianose (coloração azul da pele);
  • Dedos em baqueta de tambor;
  • Tosse crónica e expetoração/escarro ou catarro (pode ser confundido com o “catarro do fumador”).

– Nebulização com soro fisiológico para ajudar a acabar com a tosse

DPOC fase terminal sintomas

dpoc fase terminal sintomas

Com a evolução da DPOC, os sintomas e as complicações ditam mudanças significativas na vida dos doentes.

Eis alguns dos principais sintomas e impactos:

  • Sensação de dor, dificuldade respiratória, náuseas e cansaço intenso.
  • Perda de confiança e autoestima;
  • Angústia, ansiedade e depressão;
  • Dificuldade em realizar atividades da vida diária;
  • Dependência crescente de outras pessoas.
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Diagnóstico

Como diagnosticar Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica? Habitualmente é diagnosticada com base nos sintomas do doente e na existência de consumo tabágico; no entanto, para estabelecer um diagnóstico preciso de DPOC é necessário demonstrar a existência de estreitamento das vias aéreas, e que este estreitamento não varia muito de dia para dia e em resposta à terapêutica. 

Para fazer esta demonstração é necessário a realização de uma espirometria que é uma prova da respiração que mede a quantidade de ar expirado pelos pulmões.

Exames

exames doença pulmonar obstrutiva crónica

Para diagnosticar a DPOC, o médico Pneumologista irá rever os sinais e sintomas, pesquisar antecedentes familiares e pessoais (exposição a irritantes pulmonares – especialmente o fumo do cigarro). Irá requisitar vários exames que podem incluir:

Provas funcionais respiratórias

Testes de função pulmonar que medem a quantidade de ar que pode a pessoa pode inalar e expirar, e se os pulmões estão a oxigenar o sangue convenientemente.

Espirometria

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É o teste de função pulmonar mais comum. Durante este exame, o doente sopra num grande tubo conectado a uma pequena máquina chamada espirómetro. Esta máquina mede a quantidade de ar que os pulmões podem conter e a rapidez com que o ar é expelido para fora dos pulmões.

Radiografia do tórax

Uma radiografia de tórax pode mostrar enfisema, uma das principais causas de DPOC. Um raio-X também pode descartar outros problemas pulmonares ou insuficiência cardíaca.

Tomografia computadorizada torácica (TAC)

A TAC dos pulmões pode ajudar a detetar enfisema e ajudar a determinar se existem benefícios com a cirurgia para DPOC. Além disso, também pode ser usada para detetar cancro do pulmão.

Gasimetria

Este teste de sangue mede a capacidade dos pulmões para absorver o oxigénio e remover o dióxido de carbono.

Testes laboratoriais

Não são utilizados para diagnosticar DPOC, mas podem ser utilizados para determinar a causa dos sintomas ou excluir outras doenças. Por exemplo, testes laboratoriais podem ser úteis na determinação de alteração genética de déficit de alfa-1-antitripsina (AAt), que pode ser a causa de alguns casos de DPOC. Este teste deve ser feito se o doente tem uma história familiar de DPOC ou desenvolver DPOC numa idade jovem (<45 anos).

Esperança de vida dos doentes com DPOC

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No decorrer da evolução desta patologia, algumas pessoas irão sentir maiores ou menores dificuldades na sua vida diária, tal como pode surgir uma sensação de impotência durante alguns períodos, o que pode complicar a vivência pessoal e profissional.

No entanto, também é verdade que muitas pessoas conseguirão prosseguir quase como se não tivessem doença nenhuma, desde que cumpram com o tratamento instituído.

Como não é possível eliminar definitivamente a doença, o principal objetivo é controlar a DPOC, atrasar ao máximo a sua progressão e evitar os sintomas indesejáveis. Os médicos chamam a isto o “controlo da doença estável”, fora dos períodos de maior agudização. Se houver sucesso pode evitar-se as complicações e as limitações que daí possam advir.

Algumas mudanças na forma como o doente vive o seu dia-a-dia podem ter um resultado muito positivo ou são mesmo fundamentais no controlo da evolução da doença, e sem dúvida que eliminar os maus hábitos pode fazer toda a diferença. Estas alterações podem ser suficientes para melhorar a capacidade física e para diminuir o risco de agudização da DPOC.

Para além de melhorarem a parte respiratória, influenciam também outras áreas da saúde e do bem-estar, pelo que o doente vai ficar mais feliz e relaxado, aproveitando melhor a vida.

No entanto, existem situações mais avançadas e mais graves desta doença. Nestes casos é fundamental a intervenção de profissionais de saúde que ajudem a controlar a dor, aliviar a sensação de falta de ar e melhorar a incapacidade física e emocional. Pode ser necessário o apoio dos cuidados paliativos de forma a que o doente viva o melhor possível no maior tempo possível. 

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Tratamentos

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O tratamento da DPOC depende dos sintomas e da gravidade da doença. Muitos doentes não necessitam de tratamento crónico, fazendo apenas tratamento nos períodos de exacerbação da doença.

Os doentes com sintomas regulares necessitam habitualmente de tratamento com inaladores, que reduzem o estreitamento das vias aéreas, relaxando os músculos destas vias.

Os doentes com obstrução grave das vias aéreas e com exacerbações frequentes podem ser tratados com corticosteróides inalados, na tentativa de redução da frequência destas exacerbações, podendo mesmo fazer corticosteróides orais nas exacerbações mais graves.

Medicamentos para a DPOC

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Broncodilatadores

Os broncodilatadores são a base do tratamento de controlo da DPOC, mesmo sabendo que, regra geral, a via aérea destes doentes apresenta uma taxa de reversibilidade reduzida, se comparados com os doentes asmáticos. Ou seja, o seu calibre não aumenta tanto.

Estes fármacos são produzidos e vendidos no formato de produto inalado, distribuído em inaladores, porque permitem uma maior e melhor deposição pulmonar.

Para que o tratamento tenha sucesso deve ser realizado o ensino da utilização dos mesmos aos doentes. Umas das principais razões na falência terapêutica deve-se a má realização da técnica necessária.

Os tipos de broncodilatadores que existem são:

broncodilatador dpoc tratamento
Beta2-agonistas

A principal ação é relaxar o músculo liso das vias aéreas, provocando broncodilatação, ajudando no alívio da dispneia (falta de ar).

Exemplo: Salmeterol, Formoterol, Indacaterol, Salbutamol, Terbutalina, Vilanterol

Anticolinérgicos

Os estudos demonstraram que os anticolinérgicos são os broncodilatadores que mais potenciaram melhor o benefício para a saúde respiratória em pessoas a realizar Reabilitação Respiratória.

Exemplo: Brometo de Tiotrópio, Ipatrópio, Aclídinio, Umeclidínio, Glicopirrónio

Inaladores

Atualmente existem no mercado vários tipos diferentes de inaladores. Cada inalador tem particularidades próprias de utilização que devem ser rigorosamente cumpridas para se obter uma maior eficácia. Podem conter um ou dois fármacos, de grupos diferentes, de acordo com as necessidades determinadas pelo médico.

Os inaladores agrupam-se em três grupos principais:

Inaladores pressurizados

Também chamados de “bombinhas” na gíria popular, contêm o medicamento em estado líquido e após ativação manual este é distribuído como um spray de aerossol. Os dispositivos pressurizados podem ser adaptados a uma câmara expansora, sendo utilizados como medicação de controlo ou de alívio/SOS.

Inaladores de pó seco – DPI

O inalador de pó seco liberta o fármaco através uma nuvem de pó seco em vez do spray.

Inalador de névoa suave

O inalador Respimat é um tipo de dispositivo mais recente que fornece o medicamento em névoa, a uma velocidade mais baixa, ajudando a que exista uma melhor sincronia mão-boca.

Outros medicamentos

Para além dos inaladores com os fármacos broncodilatores, existem outros tipos de medicamentos que o médico pode prescrever: 

  • Aminofilina
  • Corticóides orais
  • Roflumilast
  • Azitromicina
  • Acetilcisteina

Produtos de Apoio

produtos de apoio dpoc tratamento

Existem vários produtos de apoio que podem dar uma ajuda importante na melhoria da mobilidade e no conforto dos doentes com DPOC contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

À medida que a doença vai evoluindo, o doente pode apresentar cansaço fácil para pequenos esforços que limitam a sua mobilidade e locomoção. Por vezes pode ser necessário fazer algumas adaptações em casa que melhorem a mobilidade e o conforto.

Adaptar o quarto

Cama articulada elétrica
cama articulada eléctrica dpoc tratamento

Pode ser uma ótima ajuda para facilitar a entrada e saída da cama articulada hospitalar uma vez que se pode regular a altura do estrado ao chão. Por outro lado, elevando a cabeceira da cama, o doente fica com o tronco mais elevado o que facilita a expansão pulmonar e a respiração. A escolha de um bom colchão ortopédico também é importante para garantir o melhor conforto e posicionamento.

Poltrona elétrica de elevação
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Proporciona excelentes momentos de repouso e comodidade sobretudo durante o dia. Estas poltronas facilitam o sentar e o levantar do sofá com a ajuda de um comando fácil de utilizar. Na posição de deitado, o doente pode fazer confortavelmente períodos de repouso e descanso.

Cadeira sanitária
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De forma a evitar a idas à casa de banho durante a noite, uma cadeira sanitária pode ser uma ajuda importante para colocar no quarto junto à cama para prevenir esforços e quedas.

Adaptar a casa de banho

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Na casa de banho pode ser útil colocar barras de apoio na parede sobretudo na banheira ou poliban. Na sanita um alteador pode facilitar o sentar e o levantar bem como um quadro de sanita.

Para cuidar da higiene, é recomendado que o doente possa sentar-se numa cadeira ou banco especial. Para a banheira existem cadeiras de banho rotativas ou elevadores elétricos e para o poliban existem cadeiras e bancos anti-derrapantes com altura regulável.

Melhorar a mobilidade dentro e fora de casa

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Para facilitar a mobilidade e as deslocações dentro e fora de casa, a utilização de um andarilho sem rodas ou com rodas pode ser indicado. 
Para doentes com grande dificuldade em andar a cadeira de rodas manual ou motorizada pode ser um boa opção. Nas pessoas que precisam fazer grandes deslocações no exterior, pode ser muito útil a utilização de uma scooter elétrica de mobilidade.

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Exercício físico

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O exercício físico regular, dentro das limitações impostas pela dificuldade respiratória, mantém a condição física e reduz a incapacidade. Mesmo aqueles doentes que não têm o hábito de praticar qualquer exercício físico beneficiam com a realização de exercícios graduais, particularmente quando estes exercícios estão integrados num programa de reabilitação respiratória.

Alimentação adequada

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A doença leva a um maior gasto de energia, obrigando a uma dieta saudável e equilibrada, capaz de aportar a quantidade necessária de calorias e nutrientes, indispensáveis a um bom funcionamento do organismo:

  • Pequenas refeições, 5/6 x por dia, para facilitar a digestão e conservar energia;
  • Comer algum peixe ou carne, importantes fontes de proteínas;
  • Comer frutas e legumes, diariamente;
  • Evitar alimentos refinados, designadamente, os que contêm açúcar;
  • Evitar comer carne fumada;
  • Evitar ou diminuir a ingestão de alimentos fermentados:

Hidratação corporal

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Para as pessoas com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) manter-se hidratado é uma parte fundamental na manutenção da estabilidade da sua doença. Estar hidratado significa beber um volume de água suficiente todos os dias, para suprir as perdas e permitir a funcionalidade total do seu corpo.

A doença pode fazer com que o muco produzido pelos pulmões fique mais espesso, pegajoso e difícil de ser eliminado pela tosse – o que propicia o desenvolvimento de infecções. Beber bastante água pode diluir o muco e facilitar a tosse, limpando as vias aéreas dessas impurezas. Ajuda também a facilitar a respiração, uma vez que o lúmen das vias aéreas fica com menos obstruções, permitindo que o ar circule mais rapidamente e com melhor fluidez.

A água pura é a melhor fonte de hidratação. No entanto, a água pode ser ingerida a partir de muitos outros tipos de alimentos. Outras fontes de hidratação incluem: sumos, leite, sopas, legumes, ou frutas.

Reabilitação respiratória

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A reabilitação respiratória constitui um modo eficaz de melhorar a respiração dos doentes, a sua capacidade de realizar as tarefas diárias e a sua capacidade de viver com a doença. A reabilitação tem o objectivo de melhorar a capacidade de exercício, reduzindo a sensação de falta de ar e de fadiga e fortalecer os músculos respiratórios. Diminuir as hospitalizações e melhorar a qualidade de vida dos doentes.

A maior parte dos programas de reabilitação são realizados a nível hospitalar, mas há uma tendência crescente para que se realizem na comunidade. Estas sessões de exercício nos estabelecimentos hospitalares são complementadas por, pelo menos, uma sessão de exercício no domicílio.

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Oxigenoterapia para DPOC

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Nas situações mais graves de DPOC, pode ser necessária a utilização de oxigénio, quer por pequenos períodos, durante as exacerbações, quer de forma contínua quando há insuficiência respiratória crónica, sendo necessário, nestes casos, realizar oxigenoterapia pelo menos durante 16 horas por dia.

Nos doentes hipoxémicos (saturação de oxigénio baixa no sangue) crónicos a administração de oxigénio (domiciliário e de deambulação) é mandatória, como forma de se interromper as respetivas consequências cardiovasculares e sistémicas e permitir ao doente ter uma melhor qualidade de vida. Nestes doentes as viagens de avião exigem oxigenoterapia.

Oxigénio

  • Administrado às pessoas que não têm oxigénio suficiente no sangue, e não às que têm falta de ar. Deve ser sempre prescrito pelo médico.
  • A saturação de oxigénio (a quantidade de oxigénio no sangue) pode ser medida por um enfermeiro ou médico, utilizando um oxímetro ou fazendo uma análise ao sangue.
  • É melhor ser utilizado durante a noite, após as refeições e durante o exercício.
  • O tempo que o oxigénio dura depende do tamanho da botija e do fluxo de oxigénio utilizado.

Botija de oxigénio

As botijas contêm oxigénio comprimido e utilizam-se geralmente nas emergências.

Oxigénio líquido

O oxigénio líquido é armazenado num tanque que contém uma botija. Pode utilizar-se uma mochila para aumentar a mobilidade, mas esta terá de ser reabastecida a partir do tanque principal.

Concentradores de oxigénio

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Os concentradores de oxigénio captam o ar normal e retiram-lhe parte do azoto para fornecer uma maior concentração de oxigénio ao utilizador.

Existem 2 tipos:

Suporte ventilatório mecânico não invasivo

máscara cpap dpoc tratamento

Aparelhos como o CPAP e o BIPAP podem ser utilizados no tratamento de doentes com insuficiência respiratória severa. Estes aparelhos elétrónicos ajudam o ar a entrar para os pulmões de forma a facilitar a respiração e a trocas gasosas.

Parar de fumar

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No doente com DPOC a Cessação Tabágica é a intervenção que tem maior capacidade de poder alterar o curso natural da doença, impedindo que agrave ainda mais e altere de forma definitiva a sua vida.

O tabaco é efetivamente um dos principais fatores de risco para o aparecimento e progressão da doença e este risco é diretamente proporcional ao número de cigarros que o doente fuma por dia, ou seja, quanto mais cigarros consumir maior é o efeito negativo e a sua influência no desenvolvimento da doença.

A intervenção dos profissionais de saúde é uma ajuda preciosa, no entanto, para que haja sucesso é fundamental haver motivação por parte do fumador. As consultas especializadas são constituídas por uma equipa multidisciplinar composta por médico, psicólogo, nutricionista e enfermeiro.

Só desta forma se consegue elaborar um plano individualizado, intensivo e prolongado no tempo, capaz de responder a todas as questões/problemas que surgem no caminho percorrido durante o processo de cessação.

Fisioterapia respiratória

Os objetivos da fisioterapia respiratória são:

  • Reduzir a dificuldade respiratória (dispneia);
  • Melhorar a capacidade de realizar exercícios físicos;
  • Melhorar a higiene brônquica (limpeza das vias aéreas);
  • Aumentar o conhecimento e autocuidado do doente.
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Cirurgia

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A cirurgia (ou operação) é uma opção para algumas formas de enfisema grave que não melhoram o suficiente com as medidas descritas anteriormente.

As opções cirúrgicas incluem:

Cirurgia de redução do volume pulmonar

Nesta cirurgia, o cirurgião remove pequenas cunhas de tecido pulmonar danificado dos pulmões superiores. Isso cria espaço extra na cavidade torácica para que o tecido pulmonar saudável possa expandir e o diafragma consiga trabalhar de forma mais eficiente. Nalgumas pessoas, esta cirurgia pode melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida.

Transplante pulmonar

O transplante pode melhorar a capacidade respiratória e tornar o doente ativo. No entanto, é uma operação que tem riscos significativos, tais como: a rejeição de órgão, e é necessário tomar ao longo da vida medicamentos imunossupressores.

Bulectomia

Grandes espaços aéreos (bolhas) que se formam nos pulmões quando as paredes dos alvéolos são destruídas. Estas bolhas podem tornar-se muito grandes e causar problemas respiratórios. Numa bulectomia, os cirurgiões torácicos removem as bolhas dos pulmões para ajudar a melhorar o fluxo de ar.

Vacinação

A vacinação antipneumocócica e a vacina da gripe sazonal devem ser feitas a todos os doentes com DPOC com o objetivo da prevenção e redução do número de infeções respiratórias, às quais estas pessoas são particularmente suscetíveis, e que constituem uma das complicações mais frequentes.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) tem cura?

dpoc tem cura

Não. As lesões causadas nos pulmões pela DPOC não regridem, mas a cessação do consumo de tabaco previne a perda acelerada da função respiratória observada nos fumadores. Até agora nenhum tratamento mostrou impedir a progressão da doença, podendo no entanto retardá-la, em termos funcionais.

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DPOC e Asma: Diferenças

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A DPOC e a Asma têm em comum a diminuição do calibre das vias aéreas respiratórias e a limitação dos débitos aéreos. No entanto, na Asma, esta diminuição do calibre das vias aéreas varia significativamente de dia para dia e no decorrer de cada dia, enquanto que na DPOC esta diminuição é relativamente fixa e não varia de uma forma tão significativa.

Por outro lado, estudos têm demonstrado que apesar de ambas as doenças serem inflamatórias, a inflamação envolve células diferentes.

Conclusão

doença pulmonar obstrutiva crónica conclusão

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma patologia que ao longo dos anos apresenta uma evolução que limita muito as actividades de vida diária das pessoas, acabando por levar a um quadro de grande incapacidade. Os sintomas de alerta são a falta de ar, tosse, expectoração e cansaço com os esforços que se vão tornando cada vez mais frequentes e presentes no dia a dia à medida que a doença evolui.

Além dos sintomas de índole respiratória, acompanha-se de várias comorbilidades como a doenças cardiovasculares, depressão, osteoporose e risco significativamente mais alto do doente vir a desenvolver cancro do pulmão.

Nos casos mais graves, a DPOC reduz drasticamente a qualidade de vida ao não permitir a realização normal das actividades de vida diária, sendo que o doente acaba por evitar cada vez mais sair de casa, levando a um isolamento social progressivo.

Nas lojas Mais que Cuidar pode encontrar serviços na área dos cuidados de saúde domiciliários como o apoio domiciliário, a fisioterapia ao domicílio e o serviço de enfermagem ao domicilio 24h/dia. 

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Pode encontrar igualmente, produtos de apoio que poderão dar um contributo importante na melhoria da mobilidade, conforto e na oxigenoterapia.

Dentro destes produtos de apoio, destacam-se os andarilhos, as cadeiras de rodas elétricas, as scooters de mobilidade, as camas articuladas elétricas e os concentradores de oxigénio, Produtos que podem ser comprados ou alugados.

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Referências

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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