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Epicondilite Lateral: o que é, sintomas e tratamentos

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Já ouviu falar de epicondilite ou epicondilite lateral? Esta doença é a causa mais frequente de dor ao nível do cotovelo, devido a uma inflamação dos tendões, que pode afetar o braço dominante ou não dominante.

O Bernardo começou a ter uma dor no cotovelo direito que se prolonga até ao pulso. É uma dor que agrava quando joga ténis, desporto que já pratica há 15 anos, impossibilitando a performance desportiva adequada.

Foi aconselhado pelo médico de família a ser observado por um ortopedista que lhe diagnosticou uma epicondilite lateral, também conhecida por cotovelo de tenista.

Na loja online de ortopedia e geriatria ou nos Centros Mais que Cuidar no Porto, Entroncamento, Lisboa e Almada pode encontrar produtos de apoio e serviços de cuidados de saúde ao domicílio como a fisioterapia, que poderão dar um contributo importante no tratamento da epicondilite.

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Para saber o que é a epicondilite lateral, sintomas, tratamento e causas leia este guia completo gratuito que elaborámos para si. Confira!

O que é epicondilite lateral?

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A epicondilite, ou “cotovelo de tenista” é uma inflamação e microrrotura dos principais tendões extensores dos músculos do antebraço, ao nível da sua origem, na face lateral do cotovelo, associado a uso excessivo do cotovelo.

É a causa mais comum de dor ao nível do cotovelo e afeta predominantemente o braço dominante (o que habitualmente é mais utilizado)  pois é este que realiza mais tarefas. Mas também pode ocorrer no braço não dominante.

É uma patologia comum entre os 30 e os 60 anos de idade, e de maior gravidade e duração no sexo feminino.

Está associado a desportos com raquetes como o ténis pelo que este tipo de epicondilite também é denominada de “cotovelo de tenista”. Este tipo de desporto implica a necessidade de impulso, vigorosas extensões e supinação do antebraço.

No entanto, existem outros desportos ou actividades (como a carpintaria ou trabalho com máquinas)  que também podem originar esta patologia. Inclusive está associada a um apertar inconsciente da mão (com a mão fechada) enquanto o indivíduo dorme. 

tendão medial epicondilite lateral

Os músculos do antebraço são responsáveis pelos movimentos do pulso (punho) e dedos. Os tendões são estruturas fibrosas, tipo cordão, que liga os músculos ao osso.

Existem 2 pontos de inserção do músculo do antebraço no cotovelo:

(posicionamento do braço ao longo do corpo, com as palmas da mão viradas para a frente)

  • Tendão lateral – parte externa do cotovelo (parte de fora do cotovelo)
  • Tendão medial – parte interna do cotovelo

Por ser uma epicondilite lateral que se localiza na parte mais externa do cotovelo, também é denominada por epicondilite externa.

As saliências ósseas na parte inferior do Úmero (osso do braço) denominam-se de epicôndilos. Os músculos que fazem a extensão do punho e dedos tem origem na parte lateral do cotovelo, no epicôndilo lateral.

Quando ocorre sobrecarga e desgaste desta região (muitas vezes causada por movimentos repetidos), pode ocorrer inflamação e microrroturas dessas estruturas anatómicas, seguida de fibrose, formação de tecido de granulação e falha no processo de reparação do tecido, o que implica um processo de degeneração. 

Existem vários tipos de epicondilite, dependendo do tendão afectado. 

Tipos de epicondilite

tipos de epicondilite cotovelo de tenista

Epicondilite Externa ou Epicondilite Lateral

Epicondilite externa também denominada por epicondilite lateral ou cotovelo de tenista, como descrito anteriormente.

Epicondilite Medial,  Epicondilite Interna ou Epitrocleite

Também denominada por cotovelo de golfista ou epitrocleite é inflamação do tendão localizado na parte interna do cotovelo, pelo que também é denominada de epicondilite interna.

É comum em praticantes de Golf, pelos movimentos exigidos por este desporto. Contudo, outras actividades (marcenaria, por exemplo) ou desportos podem desencadear uma epicondilite Medial.

É menos comum que a epicondilite Lateral e é mais comum em indivíduos na faixa etária entre os 40 e os 60 anos, afectando igualmente indivíduos de ambos os sexos.

Epicondilite Bilateral

Quando a epicondilite afeta os 2 membros superiores, situação pouco comum.

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Quais são os sinais e sintomas de epicondilite?

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Dor 

Dor no cotovelo que pode irradiar pela parte externa do cotovelo para o antebraço e costa da mão, em particular ao torcer (exemplo: aparafusar manualmente) e segurar algum objeto. Tende a agravar com o tempo e com a repetição de movimentos, transporte de pesos ou extensão do pulso contra resistência. A intensidade da dor varia de doente para doente e pode limitar/prejudicar a realização de atividades diárias como lavar os dentes ou abrir uma porta, por exemplo.

Edema da zona

Pode surgir edema ou empastamento da zona dolorosa, quando realizada a palpação da zona

Zona Vermelha e quente

Pode surgir sensação de queimadura na zona afetada, em que a pele pode ficar vermelha, quente e inchada, relacionados com o processo inflamatório.

Fraqueza muscular

A diminuição da força é comum no braço ou punho, tornando-se difícil, por exemplo, segurar um copo de água por mais de 1 minuto.

Rigidez muscular

Formigueiro 

Pode surgir no antebraço e dedos

Sensibilidade na região afetada

Sensibilidade ao toque e movimento

Como referido, os sintomas variam de pessoa para pessoa e surgem de uma forma ligeira. Ao longo do tempo, semanas ou meses tendem a agravar-se, pelo que a pessoa deve ser observada por um médico ortopedista.

Causas do cotovelo de tenista

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Como principal causa da epicondilite lateral temos o uso excessivo e repetido dos mesmos movimentos, quer em desporto, na vida laboral ou no dia a dia. Assim:

  • Trabalhos que requerem movimentos específicos do pulso e antebraço de forma repetida (como exemplo: pintar, aparafusar, varrer);
  • Desportos que exigem repetição de movimentos como o ténis, paddle (em particular se utilizada uma raquete de tamanho inadequado ou técnica de acertar a bola inadequada), entre outros;
  • Desequilíbrio muscular;
  • Flexibilidade diminuída.

Tratamentos para Epicondilite Lateral

epicondilite lateral como tratar

O tempo de recuperação de uma epicondilite lateral depende de diversos fatores, tais como a faixa etária, situações de doença associadas, gravidade da situação e situações de epicondilite recorrentes.

Um quadro inicial pode levar semanas a resolver, mas situações mais complexas podem demorar cerca de 8 semanas (ou mais) para uma estabilização total da situação.

Existem várias abordagens terapêuticas que devem ser tomadas em consideração. Numa fase inicial deve ser realizado repouso, medicação com analgesicos e anti-inflamatórios, gelo e se necessário infiltração com corticoide na zona dolorosa em redor do tendão.

Numa segunda fase, quando a dor diminui, exercícios específicos com o membro (que podem ser realizados com um fisioterapeuta), assim como medidas preventivas para evitar futuras epicondilites.

Repouso

O repouso é fundamental para o braço descansar sendo a primeira fase da recuperação, podendo envolver restrição da actividade (ocupacional ou desportiva) que conduziu à epicondilite. Devem ser evitadas atividades que desencadeiam dor.

Fisioterapia

A fisioterapia tem um papel fundamental no controlo da dor, diminuição da inflamação e melhoria dos movimentos. As técnicas a aplicar dependem da avaliação feita pelo fisoterapeuta mas podem ser utilizadas técnicas de estimulação como crioterapia, ultra sons, laser, entre outros.

O uso de compressas frias é habitual assim como exercícios de fortalecimento e alongamento muscular. Muitas vezes é utilizada a massagem para acelerar o processo de recuperação. 

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Exercícios de alongamento

No momento em que a dor alivia, devem ser realizados exercícios de alongamento dos músculos extensores, sempre respeitando a dor.

Compressas de gelo

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A aplicação de gelo no cotovelo ajuda na diminuição de inflamação e diminui a dor. Poderá ser aplicada com compressas frias ou com bolsa de gelo protegida com tecido (exemplo: toalha), durante 15 minutos. Este procedimento pode ser repetido várias vezes ao dia.

Medicação

Para alívio da dor ou em situações em que existe um processo inflamatório está indicado a toma de medicação anti-inflamatória não-esteróide (AINE´S) como o Ibuprofeno. São geralmente prescritos em comprimido mas também na sua variante de aplicação tópica (pomada).

Esta medicação somente deve ser administrada se prescrita pelo médico, não excedendo 7 dias de administração.

Produtos de Apoio

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Como ajudar doentes com Epicondilite Lateral? Existem produtos de apoio como as ortóteses que têm a finalidade de aliviar a dor, reduzir os movimentos da região afetada ou evitar agravamento / recidiva da epicondilite. Têm um papel fundamental na recuperação da doença.

Braçadeira para epicondilite

É usada após um epicondilite ou para a sua prevenção. Diminui o stress dos tendões.

Cotoveleira elástica com almofada viscoelástica

Fabricada em elástico com pontos transpiráveis, com duas almofadas anatómicas em tecido viscoelástico, que produzem uma maior redistribuição da compressão na zona do epicôndio e epitrôclea contribuindo para o descanso dos músculos e tendões. Utilizada no tratamento e prevenção da epicondilite.

Kinesiotape

fita adesiva antebraço epicondilite lateral

Fita adesiva que se coloca no antebraço com o objectivo de restringir os movimentos musculares e do tendão afetado.

Alimentação

Outras formas de tratamento associadas como uma alimentação rica em alimentos ricos em  antioxidantes e componentes anti inflamatório é importante para uma recuperação mais rápida. Falamos de alimentos como chá verde com gengibre, peixes gordos (atum, sardinha, salmão), corcuma,  linhaça ou chia, entre outros. É importante uma alimentação saudável e equilibrada, e evitar produtos industrializados.

Cirurgia

epicondilite lateral cirurgia cotovelo

Se os sintomas de epicondilite não regridem em 6-12 meses com o tratamento não cirúrgico, o médico pode recomendar a cirurgia. A abordagem cirúrgica depende de vários factores como a extensão da lesão, problemas de saúde do doente, entre outras.

A maioria dos procedimentos cirúrgicos realizados envolve a ressecção da área tendinosa degenerada. As abordagens cirúrgicas podem ser:

  • Cirurgia Aberta – Incisão acima do cotovelo. Raramente necessita de internamento hospitalar, sendo efetuada em regime de ambulatório
  • Cirurgia Artroscópica –  realizadas pequenas incisões (cerca de 4mm) na pele através das quais são utilizados pequenos instrumentos cirúrgicos, tendo um deles, uma câmera de vídeo que permite a visualização da área a intervencionar. Realizado em regime de ambulatório, sem necessitar de internamento. Recuperação menos dolorosa.

O período de recuperação pode estender-se durante vários meses após a cirurgia. No período pós cirúrgico é habitual a utilização de uma tala, durante aproximadamente 1 semana.  Após este período iniciam-se exercícios de flexibilidade, alongamentos do cotovelo. Cerca de 2 meses após a cirurgia devem ser iniciados exercícios de fisioterapia, de intensidade progressiva, para fortalecimento da área em questão.

O regresso à actividade desportiva ou ocupacional ocorre cerca de 4 a 6 meses após a cirurgia, dependendo sempre de situação para situação e de recomendação médica. Cerca de 80 a 90% dos casos cirúrgicos obtêm os resultados esperados.  Contudo, podem ocorrer algumas complicações como a perda de força, infecções ou perda de flexibilidade, entre outras situações.

Infiltração cotovelo epicondilite

A infiltração de corticóides através de injeções, geralmente, tem bons resultados. Contudo, devem ser rigorosamente realizados pois existe o risco de causar a ruptura do tendão.

Terapia de ondas de choque extracorporal

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Técnica com bons resultados na epicondilite, que consiste em emitir impulsos (ondas) de energia. Estes impulsos irá criar microtraumas que estimulam o natural processo de cicatrização do tendão lesionado. Esta técnica ainda não é muito utilizada pois é recente e requer mais estudos que mostrem o seu benefício.

Plasma rico em plaquetas

O plasma rico em plaquetas está actualmente a ser  investigado pela sua capacidade de acelerar a cicatrização de vários tipos de lesões tendinosas. É um preparado desenvolvido com o sangue do próprio indivíduo e que contém uma elevada concentração de proteínas denominadas por factores de crescimento. 

Estes factores de crescimento são muito importantes  para a cura das lesões tendinosas. Apesar de países como os Estados Unidos já utilizam este tratamento, ainda está em fase de investigação e pesquisa para que exista uma prova efetiva de eficácia na epicondilite.

Epicondilite tem cura?

epicondilite lateral tem cura

A epicondilite tem um prognóstico favorável. Contudo, estas situações podem adquirir características de cronicidade se existirem repetição de processos inflamatórios (que pode induzir à rutura do tendão) ou mesmo situações de inflamação prolongadas e crónicas (que podem desencadear um processo de calcificação do tendão), o que dificulta a reabilitação.

Assim, é fundamental que uma situação aguda de epicondilite seja tratada de forma correcta e atempada para evitar complicações como a ruptura ou calcificação do tendão, ou mesmo a dor crónica.

Diagnóstico da Epicondilite Lateral

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O diagnóstico deverá ser realizado por médico de clínica geral, ortopedista ou fisioterapeuta.

O diagnóstico é baseado na história clínica do doente e no exame físico.  Consiste em observar a evolução dos sintomas (como a dor), fatores de risco ocupacionais e desportivos. Durante o exame é normal que o médico realize vários testes de forma a conseguir identificar a origem da dor e sua irradiação.

Exames

epicondilite lateral exames

Podem ser utilizados os seguintes exames de diagnóstico para confirmação de diagnóstico:

  • Radiografia – Apesar de auxiliarem pouco no diagnóstico, eliminam outras causas que podem estar associadas aos sintomas existentes. Contudo, se existir calcificações da zona em questão, estas são visíveis através deste exame médico.
  • Ecografia (ultra sons) – este tipo de exame é importante no diagnóstico
  • Ressonância Magnética – Caso surjam dúvidas sobre o que foi observado na ecografia pode ser utilizado este exame para facilitar o diagnóstico.
  • Análises ao sangue – este tipo de exame tem como o objetivo despistar outras patologias que possam ser causadoras dos sintomas.

Como prevenir cotovelo de tenista?

como evitar cotovelo de tenista

Existem medidas preventivas que devem ser tomadas em situação de risco para a epicondilite, tais como:

  • Na prática desportiva: Realizar um aquecimento muscular adequado. Escolher uma raquete adequada (peso adequado, punho confortável, tensão das cordas adequadas…), no caso de desporto de raquete como o ténis ou paddle. Se possível, solicitar a ajuda de um especialista na escolha da raquete mais adequada. Realizar alongamentos antes e após a prática desportiva
  • Na actividade laboral: Em profissões que exigem movimentos repetidos, o trabalhador deve fazer pausas e, se possível, alternar atividades. Manter uma postura correcta. Alongar na pausas laborais (entrelaçar os dedos e esticar os braços para cima, frente e atrás)
  • Ao computador, o antebraço deve estar apoiado na mesa. deve ser utilizado apoios de teclado e do rato.

Conclusão

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A epicondilite lateral é o tipo de epicondilite mais frequente. Também denominada por cotovelo de tenista está associado a desportos onde são utilizadas raquetes ou a outras actividades que exigem movimentos repetidos e excessivos do cotovelo.

A prevenção da epicondilite tem um papel determinante para diminuir o risco desta patologia  assim como recidiva da mesma. É uma patologia com cura mas, se não for tratada de forma adequada, os sintomas podem permanecer durante muitos meses.

Nas lojas de ortopedia e geriatria Mais que Cuidar no Porto, Entroncamento, Lisboa e Almada pode encontrar produtos de apoio e serviços de cuidados de saúde ao domicílio como a fisioterapia, que poderão dar um contributo importante no tratamento da epicondilite.

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Referências

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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