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Cuidar de um doente de Alzheimer com alucinações e delirios

Alucinações e delirios no doente de alzheimer

CUIDAR DE UM DOENTE DE ALZHEIMER COM ALUCINAÇÕES E DELIRIOS

A alucinação é algo que se ouve, cheira ou sente, que não existe, e que é geralmente desagradável. O delírio é uma crença ou algo de natureza persecutória e que não é real. O doente de Alzheimer pode ser incapaz de se reconhecer ao espelho, queixar-se de que uma sobremesa está salgada, de que a televisão quase sem som está muito alta, de que está muito frio num dia de sol quente… porque os danos cerebrais fazem com que confunda e interprete incorretamente o que ouve, sente ou saboreia.

Como ajudar?

-Não questionar as suas crenças, procurar dar explicações e transmitir segurança;

-Distrair a sua atenção;

-Consultar ou informar o médico assistente

 

Outra alteração de comportamento muito frequente num doente de Alzheimer é a insónia e a deambulação noturna. A insónia pode tornar o doente de Alzheimer muito aborrecido para os cuidadores, especialmente se acordar as pessoas da casa que precisam de dormir para ir trabalhar no dia seguinte.

Como ajudar?

-Tornar a casa segura para as deambulações noturnas (reforçar os fechos das portas e janelas para evitar que o doente saia de casa, tirar tapetes ou colocar adesivos nos tapetes para evitar que o doente tropece e caia…).

Para evitar situações de insónia e deambulação noturna:

-Evitar que o doente durma durante o dia, mantendo-o distraído e ocupado;

-Procurar uma eventual causa de insónia (demasiada iluminação, desconforto,…);

-Consultar e informar o médico assistente se suspeitar de depressão e para tratamento médico.

 

Esconder e perder coisas são alterações do comportamento frequentes no doente de Alzheimer. Os objetos escondidos e perdidos são geralmente fonte de grande preocupação para estes doentes e isso pode tornar-se aborrecido para os outros, especialmente se forem acusados de furto.

Como ajudar?

-Acalmar o doente e ajudar a procurar o objeto desaparecido;

-Desvalorizar as acusações.

Para evitar estas situações:

-Procurar saber onde o doente costuma esconder as coisas;

-Providenciar cópias de alguns objetos (chaves, documentos,…);

-Diminuir os esconderijos possíveis e verificar as embalagens antes de as deitar fora.

 

As dicas apresentadas pretendem ajudar a cuidar de um doente de Alzheimer em casa com alterações do comportamento, no entanto deverá aconselhar-se sempre com o médico ou profissional de saúde assistente ou de referência

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