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Como prevenir o isolamento social em idosos com mobilidade reduzida?

Como prevenir o isolamento social em idosos com mobilidade reduzida?

A mobilidade, ou seja, a capacidade de mover o corpo ou andar livre e facilmente, é fundamental para as pessoas funcionarem bem e viverem de forma independente.

À medida que o envelhecimento progride, as pessoas podem sentir alterações na mobilidade. Há muitas razões para estas alterações, incluindo alterações na marcha, isto é, na forma como andam, no equilíbrio e na força física.

A mobilidade é fundamental para satisfazer as necessidades básicas, para além da sobrevivência, como por exemplo, o envolvimento social. Para os idosos, as atividades sociais são consideradas muito importantes e representam uma forma de aproximação aos outros.

O afastamento das atividades sociais nas pessoas idosas não é geralmente voluntário, mas sim devido a limitações funcionais ou problemas físicos e de mobilidade.

Como o nível de independência e mobilidade tende a diminuir com o tempo e com a idade, esta situação acaba por contribuir para a vulnerabilidade da população idosa e, especificamente, para o risco de ser afetada pelo isolamento, neste sentido, os problemas de mobilidade dificultam o deslocamento contribuindo então para o isolamento social..

As limitações de mobilidade, constituem assim um importante fator de risco para o aparecimento e manutenção de sentimentos de solidão e isolamento social.

O isolamento entre os idosos com mobilidade reduzida acaba por ser também uma consequência das perdas relacionadas com o processo natural de envelhecimento, entre as quais se inclui a perda de mobilidade.

A prestação de cuidados aos idosos deve dar atenção à forma como mais facilmente se pode reconhecer as experiências de solidão e de fomentar, o mais possível, uma existência com significado para os idosos.

A perda de capacidades funcionais, de mobilidade e de contactos significativos são experiências proeminentes nas histórias das pessoas idosas.

Ao envelhecer, os idosos vão perdendo a capacidade de realizar certas atividades, de sair do seu ambiente e, por conseguinte, as possibilidades de manter um contacto significativo.

Aperceção da perda de funcionalidade e mobilidade é, na maior parte das vezes acompanhada pelo sentimento de incapacidade e de que já não são capazes de fazer nada.

Sensibilizar os prestadores de cuidado para estas questões é essencial, para que seja possível intervir atempadamente e atenuar ou prevenir o isolamento social dos idosos.

Causas do isolamento social nos idosos

O isolamento social entende-se geralmente como a separação de outras pessoas e a falta de contactos sociais. Já a solidão é entendida como o sentimento negativo de estar sozinho e separado.

Embora sejam duas situações que podem estar relacionadas são ao mesmo tempo distintas, uma vez que algumas pessoas podem sentir-se sozinhas quando estão perto de outras pessoas e outras pessoas que estão socialmente isoladas podem não se sentir sozinhas.

Algumas causas para o isolamento social nos idosos incluem:

  • Viver sozinho
  • Morte de um cônjuge, família ou amigos
  • Mudança dos amigos ou da família
  • Problemas de mobilidade
  • Doença crónica
  • Falta de transporte seguro
  • Falta de emprego
  • Incontinência ou outros problemas de saúde que possam causar embaraço
  • Perda de audição

Estes tipos de situações ocorrem com mais frequência na população idosa, que é mais suscetível de se integrar nestas situações, razão pela qual sofre mais de isolamento social.

Efeitos do isolamento social nos idosos

O isolamento social aumenta o risco de morte prematura de uma pessoa tanto ou mais do que o tabagismo, a obesidade e a inatividade física, provoca riscos mais elevados de tensão arterial elevada, enfraquecimento do sistema imunitário e declínio cognitivo.

Conduz também a um risco acrescido de demência, de doença cardíaca e de acidente vascular cerebral e pode fazer com que as pessoas comecem a sentir-se ameaçados e desconfiados em relação aos outros.

Como consequência acaba também por conduzir a taxas mais elevadas de depressão, ansiedade e suicídio.

Como os cuidadores podem ajudar a reduzir ou prevenir o isolamento dos idosos?

O isolamento social tem muitos efeitos nocivos, mas é possível lidar com a situação e desenvolver medidas adaptativas que possam ajudar a atenuar ou a prevenir os seus efeitos.

As pessoas que se envolvem em atividades significativas e produtivas melhoram o humor, aumentam a função cognitiva e tendem a viver mais tempo.

Os cuidadores têm nestas situações um papel preponderante, não só porque proporcionam companhia como podem ajudar os idosos a adotar medidas para ultrapassar os limites da mobilidade reduzida e prevenir o isolamento.

Estas são algumas estratégias que os prestadores de cuidados podem adotar e que podem ajudar a reduzir o isolamento social dos idosos, mantendo-os tão sociais e ativos quanto possível.

Encarar os problemas de saúde

Alguns problemas de saúde podem causar embaraço, dificuldades de deslocação ou dificuldades de comunicação.

A resolução destes problemas de saúde pode ajudar o idoso a sentir-se mais à vontade para participar em atividades sociais.

Estes são os problemas de saúde mais comuns:

Dificuldades auditivas

Se o idoso tiver dificuldade em ouvir, pode evitar situações sociais porque tem dificuldade em comunicar. Abordar este problema e obter aparelhos auditivos pode ajudá-lo a comunicar mais eficazmente.

Problemas de visão

Outro fator que dificulta a comunicação e a mobilidade são os problemas de visão. Marcar uma consulta com o optometrista ou oftalmologista para fazer um teste à visão e procurar soluções com estes profissionais de saúde.

Problemas de mobilidade

As pessoas que têm dificuldade em deslocar-se têm mais dificuldade em sair de casa. Uma bengala, um andarilho, uma scooter ou uma cadeira de rodas podem ajudar a manter a mobilidade e a ultrapassar alguns limites que impedem a mobilidade.

Incontinência

A incontinência pode ser muito embaraçosa e frustrante. Os prestadores de cuidados podem ajudar com a toma de medicação, fisioterapia e utilização de produtos para incontinência, para que os idosos possam sair de casa sem medo de um acidente que lhes cause embaraço.

Incentivar amigos, família e vizinhos a fazer visitas

A ligação social é um fator extremamente importante para evitar a depressão e a demência. Contactar os amigos e vizinhos, muitas vezes, estes contactos terão todo o prazer em visitar o idoso, se lhe for pedido.

Algumas congregações e escolas ou universidades até têm programas de proximidade concebidos para ajudar os idosos solitários.

Os vizinhos de confiança, que moram no mesmo quarteirão, poderão ser apresentados ao idoso, se possível, informados de quaisquer problemas específicos que este possa ter e devem ser convidados a manter-se atentos, caso algo pareça estranho.

Focar em ter tempo em família, o mais possível, também pode ajudar. Os familiares que vivem perto do idoso, podem tentar arranjar tempo para o visitar.

Quer seja planeada uma atividade ou as pessoas apenas se sentam e conversam, o tempo com a família pode ser inestimável.

Há também um grande benefício nas ligações intergeracionais, com a envolvência de netos e bisnetos, sobrinhas ou sobrinhos, por exemplo, o que pode trazer mais alegria aos idosos.

Por outro lado, pode ser útil que os familiares ou prestadores de cuidados falem com os amigos, familiares e vizinhos do idoso sobre as suas próprias preocupações relativamente ao isolamento social, para despertar a atenção para o problema e suscitar ajuda caso seja necessário.

Ir comer fora com a família ou com os prestadores de cuidados, quando possível, também pode ser uma forma de estimular o contacto social dos idosos.

Os familiares que vivem longe e não podem ver o idoso frequentemente em pessoa podem ser incentivados a utilizar a tecnologia para se manterem em contacto através de e-mails, mensagens de texto, chamadas telefónicas e conversas de vídeo frequentes.

Facilitar o transporte seguro

A falta de transporte pode ser a razão pela qual algumas pessoas ficam mais isoladas socialmente, uma vez que muitos idosos já não podem conduzir.

Falar com os idosos sobre as opções de transporte seguras disponíveis, com familiares e amigos ou através de transportes públicos, prestadores de cuidados ao domicílio, táxis ou serviços de partilha de transporte. Se souberem quais são as opções disponíveis, é mais provável que as utilizem.

Atividades lúdicas

Ajudar o idoso a encontrar passatempos e atividades de que goste, em especial qualquer coisa que envolva sair de casa ou estar com outras pessoas.

Os centros de dia ou outras instituições que se dedicam aos idosos, têm uma grande variedade de atividades e cursos adaptados, desde canto a pintura em aguarela, exercícios físicos, ou outras.

Além disso, a maioria das comunidades de idosos traz especialistas e voluntários para liderar atividades únicas, como yoga em cadeira e escultura, informática, fotografia, entre outras.

Este tipo de atividade poderá ser ou não acompanhada pelo prestador de cuidados, mas deverá ser sempre adequada às capacidades de mobilidade e vontade do idoso.

Outras atividades lúdicas e sociais incluem:

  • Jogar jogos de tabuleiro ou de cartas
  • Ver filmes ou ir ao cinema
  • Assistir a peças de teatro ou concertos
  • Juntar-se a um grupo com interesses semelhantes, como um clube de jardinagem, um grupo de tricotar ou um clube de leitura
  • Inscrição em aulas ou atividades específicas
  • Eventos na biblioteca local
  • Eventos no centro de idosos local
  • Aulas de exercício apropriadas, como hidroginástica ou grupos de caminhada
  • Frequentar centros de dia

Incentivar o exercício

Apesar das limitações da mobilidade o exercício físico é indispensável. O exercício e o movimento do corpo libertam endorfinas, reduzem o stress e fazem as pessoas sentirem-se bem.

O exercício é especialmente benéfico para os idosos, pois faz com que o corpo se mova, para além de aumentar a flexibilidade e força. Também ajuda a dar uma imagem corporal positiva para ajudar a terem mais vontade de interagir com os outros e serem sociais.

Ao encorajar uma imagem corporal positiva, os cuidadores podem ajudar os idosos não só a sentirem-se bem, mas também a evitar o isolamento.

Os elogios e os comentários positivos podem contribuir muito para aumentar a autoestima dos idosos. Da mesma forma, desencorajar os idosos de se preocuparem com a sua aparência pode contribuir para que se desconectem com o seu corpo e mente ao ponto de evitarem interações sociais.

Fazer exercício num ambiente de grupo é também uma forma divertida de manter a forma física e evitar o isolamento.

As pessoas podem fazer exercícios em casa, mas se estiverem numa aula de exercício e fizerem tai chi, por exemplo, estão a ter a experiência como um grupo, o que pode ser mais divertido.

Durante este tipo de atividade física, são libertados muitos neurotransmissores e endorfinas que oferecem um feedback positivo. Assim, há uma tendência para fazer mais porque as pessoas se sentem muito bem.

Sugerir o voluntariado

Procurar oportunidades de fazer voluntariado, pode ser uma forma mais fácil e acessível de quebrar o isolamento.

O voluntariado é uma forma de ajudar a comunidade e, ao mesmo tempo, de fazer novos amigos.

Ensinar crianças a ler, fazer jardinagem comunitária ou ser acompanhante em museus ou outras atividades que possam beneficiar a comunidade, são ótimas opções para pessoas idosas que ainda têm mobilidade, ou que tenham mobilidade reduzida, de acordo com a situação individual de cada um e o tipo de atividade.

Ter um sentido de missão e objetivo ajuda a contribuir para um sistema imunitário mais robusto e uma maior sensação de bem-estar. O voluntariado para uma causa em que a pessoa idosa acredita proporcionará interação social e um sentido de propósito.

Procurar atividades para fazer em conjunto

Tentar perceber o que faz o idoso feliz e mais bem-disposto e tentar juntar-se a ele nessa busca ou nessa atividade.

Esta situação também pode ser muito gratificante para os próprios prestadores de cuidados informais ou formais, porque pode proporcionar momentos de alegria e maior ligação emocional.

Utilizar os recursos tecnológicos para evitar o isolamento

Utilizar a tecnologia para manter o contacto, pode ser uma ótima solução para quebrar o isolamento. Embora a tecnologia e a sua utilização possam ser um desafio para os idosos, não é um desafio intransponível e os prestadores de cuidados, poderão ser uma ajuda imprescindível nesta situação.

Muitos idosos podem usar aplicações como o FaceTime, ou dispositivos auxiliares como a Alexa, para os ajudar a manterem-se conectados com os outros.

Os telemóveis para falar com os amigos, os tablets para conversar por vídeo com os netos e os assistentes virtuais domésticos podem facilitar a ligação aos outros e evitar os sentimentos de solidão e isolamento.

Sites com informação ou fóruns de discussão para pessoas com 65 anos ou mais podem ser excelentes locais para os idosos conhecerem novos amigos, desabafarem as suas frustrações e aprenderem novas tecnologias sem terem de sair de casa.

No entanto, é importante que o idoso esteja ciente de possíveis fraudes na Internet antes de se inscrever em sites de conversação ou utilizar aplicações online.

A Internet tem bastantes recursos que podem ser úteis aos idosos. Desde vídeos de cidades que sempre quiseram visitar a aulas em estilo de seminário, os idosos podem encontrar conteúdos estimulantes e interessantes online.

Alguns cursos online abertos e massivos, ou MOOCs, oferecem aulas com instrutores, às vezes ao vivo, sobre uma vasta gama de tópicos, que podem interessar os idosos que querem continuar a aprender, mas não podem frequentar aulas presenciais.

Opções práticas, como gestão financeira, como navegar na internet ou aprendizagem de línguas estrangeiras, são oferecidas, entre muitos outros temas ou opções.

Utilização de alarmes pessoais

A aquisição de um alarme pessoal pode proporcionar paz de espírito aos cuidadores, quer sejam formais ou informais e ao próprio idoso.

Por exemplo, se o idoso tiver uma queda ou qualquer outra emergência, pode pedir ajuda com um simples toque num botão, alertando uma equipa de intervenção que pode estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Existem vários alarmes pessoais com múltiplas caraterísticas e funções, por isso convém pesquisar e escolher o mais adequado às circunstâncias individuais.

Um alarme pessoal contra quedas, por exemplo, deteta automaticamente se o idoso sofrer uma queda em casa ou no jardim e emite um alerta.

Um alarme pessoal com GPS é conveniente se a pessoa passa muito tempo fora de casa, ou vive num local de maiores dimensões, funciona em qualquer lugar e pode dar à equipa de intervenção a localização GPS do idoso, se necessário.

Um alarme pessoal monitorizado significa que há sempre alguém a quem contactar, de dia ou de noite, se o idoso precisar de ajuda ou de acompanhamento.

Os cuidados domiciliários

O apoio domiciliário pode ser uma forma de combater a solidão e o isolamento dos idosos. 

Os prestadores de cuidados ao domicílio oferecem assistência em tarefas como a limpeza da casa, a preparação de refeições e o transporte, mas também proporcionam companhia, atenção e ajuda quando a mobilidade é reduzida.

Prevenir também o isolamento dos cuidadores

A falta de interação social e de estímulo por parte de outras pessoas que não a pessoa a quem se prestam os cuidados, especialmente quando existe uma deficiência cognitiva, pode ser um fator inegável de solidão e isolamento também.

Para os prestadores de cuidados, especialmente no caso dos cuidadores informais, os sentimentos de isolamento e solidão podem ser causados por um afastamento dos hábitos e estilo de vida anteriores.

Enquanto os amigos continuam as suas rotinas diárias, alguns cuidadores sentem-se sozinhos nas suas tarefas. Do mesmo modo, os cuidadores sem o apoio de outros prestadores de cuidados em situações semelhantes podem sentir que ninguém compreende realmente a sua situação.

Por outro lado, os cuidadores que cuidam de pessoas com demência correm um risco particularmente elevado de isolamento e solidão.

Estas situações podem levar o prestador de cuidados a um afastamento das atividades e relações sociais que mantinham anteriormente, podendo também sentir que estão a passar por uma situação de isolamento.

Por exemplo, um cuidador informal que cuida do cônjuge pode estar a prestar cuidados 24 horas por dia e sentir-se incapaz de deixar a pessoa que cuida.

Assim, o seu tempo para o rejuvenescimento pessoal é reduzido, uma vez que se concentra apenas na pessoa a quem presta cuidados, passando tempo fora de casa apenas para consultas médicas ou idas semanais ao supermercado.

A falta de interação social e de estímulo por parte de outras pessoas que não a pessoa a quem prestam cuidados, especialmente quando existe uma deficiência cognitiva, pode ser um fator inegável de solidão e isolamento.

Uma das melhores formas de combater o isolamento e a solidão é reservar algum tempo na rotina de prestação de cuidados para focar em si próprio.

Embora isto possa parecer difícil para os prestadores de cuidados que já têm pouco tempo, existem algumas formas de ajudar a restabelecer a ligação com as pessoas e atividades que possam ajudar a restaurar o seu sentido de pertença e socialização.

Períodos de cuidados temporários ou com o apoio ao domicílio podem permitir que um prestador de cuidados informal se concentre nas suas próprias necessidades pessoais sem se preocupar com a segurança da pessoa a quem presta cuidados.

No entanto, também os amigos e familiares podem ajudar nas tarefas de prestação de cuidados de vez em quando ou quando for possível, dando tempo para o cuidador se concentrar no seu próprio bem-estar.

Embora os amigos, ou mesmo os familiares, possam parecer não compreender aquilo por que o cuidador informal está a passar, há pessoas em situações semelhantes que sentem o mesmo.

Grupos de apoio locais ou fóruns de apoio online podem ajudar quer os cuidadores informais quer os cuidadores formais a encontrar pontos em comum com outros cuidadores em situações semelhantes e oferecer um sentimento de comunidade no meio do isolamento que possam estar a sentir.

Utilizar algum tempo para participar em atividades que façam o cuidador sentir-se renovado e com mais energia.

Quer goste de ioga, de passeios num trilho local ou de um filme e jantar em casa com a família, o envolvimento nos próprios interesses pode ajudar o cuidador a sentir-se ligado ao seu sentido de identidade e a manter-se em contacto com os amigos, colegas e familiares.

Conclusão

Somos todos criaturas sociais, e as ligações sociais são importantes para a nossa saúde mental e física. Mas, à medida que o processo de envelhecimento se desenrola, as pessoas tornam-se mais suscetíveis de se encontrarem em situações de isolamento social e solidão.

As limitações de mobilidade, mesmo na ausência de deficiência, estão associadas a uma menor participação social. A mobilidade reduzida tende a diminuir as oportunidades de as pessoas participarem em atividades sociais na sua comunidade.

Estas limitações têm impacto na autonomia de das pessoas, tornando mais difícil o envolvimento em atividades sociais fora de casa e um número significativo de pessoas com 65 anos ou mais consideram-se socialmente isolados.

As atividades domésticas diárias, de lazer e sociais que costumavam ser habituais acabam por ser abandonadas. Estas atividades tornam-se demasiado difíceis de realizar para as pessoas idosas porque o seu corpo já não é capaz de obter a força e a flexibilidade necessárias.

Por outro lado, podem correr o risco de causar danos físicos, o que contribui para um maior afastamento dessas atividades. Esta experiência é acompanhada, geralmente, por um sentimento crescente de dependência dos outros e da ideia de ter de ficar em casa e passar dias que se podem tornar monótonos e aborrecidos.

A mobilidade reduzida afeta assim a qualidade de vida no geral e as atividades sociais em particular, acabando por causar muitas vezes uma diminuição do acesso às oportunidades de socialização, bem como um maior risco de isolamento social.

O papel dos prestadores de cuidados é assim preponderante nestas situações. Ajudando a criar circunstâncias mais favoráveis para que os idosos possam ter algumas melhorias, tanto no ambiente físico que os rodeia, como na ajuda com o transporte ou na utilização de auxiliares de mobilidade que possibilitam mais qualidade de vida ao idoso.

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Referências:

  • BMC Geriatrics
  • National Institutes of Health

*Atenção: O Blog Mais que Cuidar é um espaço informativo, de divulgação e educação sobre temas relacionados com saúde e bem-estar, não devendo ser utilizado como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde.

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